terça-feira, setembro 13, 2011


A morte, hoje terei de me centrar na morte coisa que me irá custar bastante. Felizmente nunca perdi muita gente, mas perdi os suficientes para saber o quanto custa. Já perdi o meu avó e lembro-me muito bem, lembro-me perfeitamente que naquele dia depois do dia de aulas terminar eram 18:00h esperava pelo Opel corsa preto da minha mãe, olhava para um lado e para o outro e ela não estava lá eu e a minha irmã esperamos pensando que ela se tinha atrasado, quando quem nos vai buscar é a nossa tia, não fizemos perguntas fomos até porque gostávamos muito de ir buscar as nossas primas ao infantário. As minhas tias levaram-nos  para a minha avó, fizemos os trabalhos de casa e perguntamos pelos meus pais quando a minha avó respondeu "Foi a Guimarães." como não era normal, muito menos num dia de trabalho perguntamos porque quando ela nos respondeu "É complicado, o vosso avô morreu ." lembro-me de soltar as lágrimas, lembro-me de estar à janela virada para o terraço e para o jardim lembro-me de chorar muito. E já lá vão cerca de 7 anos, e a mim ainda me custa muito. 
Também perdi a minha visa-avó, a avó velhinha (era como lhe chamávamos) a avó do meu pai, mas não me lembro de receber a noticia do falecimento dela, lembro-me de estar muito preocupada com a minha avó. Também me lembro de quando aos sábados à tarde a minha avó ia lá vê-la e nós íamos todas felizes apesar de ela não se lembrar de quem éramos (devido à sua doença) mas nós gostávamos muito dela, foi a única que nós conhecíamos.
Lembro-me também da morte de uma amiga que me custou bastante, foi um sábado dia 3 de Fevereiro, era a festa de anos da minha irmã mais nova e naquele dia eu não ia à catequese por causa da festa iríamos visitar os velhinhos, antes do pior acontecer. Quando a ambulância passou por minha casa eu senti um enorme aperto no meu coração, mas coisa que eu não dei uma grande importância, passou pouco menos de 3 horas a mãe de uma amiga da minha irmã veio busca-la quando me disse "A afilhada do Senhor Amâncio morreu." para ser sincera não sabia que ela era afilhada dele, não dei importância. No dia a seguir soube que tinha sido ela que tinha falecido, custou-me bastante, não era a minha melhor amiga, mas naquela altura eu dava-me bem com tudo e com todos e ela era uma delas, era simpática, divertida, passava a vida a sorrir e eu no fundo até gostava dela. Na segunda fomos ao funeral dela (contra a vontade da minha mãe, e o único que fui até hoje), lembro-me dos gritos de todos, das lágrimas, dos arrepios que me deram, de pensar na dor daqueles familiares que tanto gostavam dela, e dos amigos, amigos aqueles desde o primeiro ano. 

peço desculpa, mas não consigo escrever mais sobre isto :s 

3 comentários:

uma opinião será sempre importante, obrigada :')